. com chuva ou sol, desbravavam mato, naqueles carreiros de terra batida e meio arenosa que num passado distante terão sido leito de rio, seguiam felizes, como já nem se usava, colhiam uvas de videiras bravas, figos mel para adoçarem o paladar e maravilhavam-se com exuberância da natureza, com a floração colorida que convidava ao bailado das borboletas. o caminho levou-os ao monte mais alto que vislumbraram, onde sobressaía um pobre casebre abandonado e sem palavras anuíram, podia ser um bom lugar para meditar sobre a longa caminhada que até ali os trouxe. sentaram-se numa laje e de lá inspiraram tudo o que conseguiram do que sobrava de bom, uma vez, e outra mais, antes de se entregarem ao descuido. excêntricos cúmulos de nuvens que a brisa desenhava em formas criativas levaram-nos em divagações, depois... para lá delas colheram-se de pressentimentos que profetizavam sonhos desiguais, que antes não se aperceberam. dizia-se por lá: ahhh "o amor livre" era o culpado, não era...