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"A vida me espera"

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. o sol demorou a despontar tal como eu e me perguntei para quê acordar cair na realidade dum dia cinzento onde tudo passa devagar, numa marcha sinuosa, lenta. equacionei: o calor já foi, acabou cedendo e meu anjo me cuida e me dá tinta. cores vivas, o corpo esquenta e o esqueleto se movimenta ganhando alma para que eu a sinta e a imaginação escorre num pincel me tomando conta e não parece, mas estou vivo e quem está vivo sempre aparece num raio de sol num pingo de chuva chorada numa nuvem escura por mim azulada. e aí o coração se alegra dá comigo numa risada, - a vida me espera... . Palavras e imagem: Guma  © 2009 / 2022

"Bosque Mágico"

Se achar por bem, clique para écran inteiro s.f.f.  

"Paragem do Machimbombo"

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Republicação de conto escrito para este blogue no ano 2011 "Paragem do Machimbombo" Ele fez tudo direitinho, como nem nos outros dias, porque não havia dia nenhum igual na parecença que eles têm. Tomou o banho querendo acordar a oportunidade de se lavar de pensamentos que há muito o acompanhavam. Os pingos do chuveiro em sua cabeça, eram mais ruidosos do que os pensamentos e assim os tentava anular, ali se deixando permanecer... - Em vão! Era como lavar nódoas negras na alma, quanto muito refrescava a sua solidão. O café coado ainda agora, deixava no ar o cheiro de que se fica saudoso, porque é viciante ao antecipar os reflexos conhecidos da sua ingestão. Inspirou as ondas desse perfume que o transportava no tempo, até à loja do Capomba, lá em São Filipe de Benguela. O aroma tinha o feito de no começo da rua, ser como uma seta indicadora do local onde se vendia aquele ouro preto de misturas ricas, com origem na Gabela. Entre pensamentos, saboreou gole a gole seu

"As árvores continuam ali"

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. as árvores continuam ali de lata fingindo ser impávidas,  serenas no seu faz de conta sem copa, sem sombras amenas ferrugentas, sem veios ou resina sem vida para serem mortas sem alma para a arte de esculpir no seu faz de conta sem copa, sem sombras amenas ferrugentas, sem veios ou resina sem vida para serem mortas sem alma para a arte de esculpir as árvores continuam ali esperando não sei o quê pois que já não têm dia não têm noite nem medo do breu apenas fingindo ser olhando o céu louvam ao deus das pequenas coisas pedindo para ser o que não são as árvores continuam ali impávidas, inertes e meu medo aumenta só de pensar que um dia, não muito longe todas assim serão! . Imagem e palavras: Guma   © 2022

" E amanheci assim"

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 . pousei... a alma em branco a pena sem tinta o pensamento vadio o que de mim não sei respirei... essa paz que absorvo do longe o emaranhado de tudo e nada que não acorda à hora marcada pousei, sim... o que os olhos no perto me desassossegam a noite e amanheci assim... perfeitamente, imperfeito . . palavras e imagem: © Guma 2022