" sweet cat no name "
Onde seria improvável, num sofá cansado de velho, ali estava o jovem rei e senhor do pedaço.
Como se melhorasse o sofá como colchão, tinha um tapete roto, vários panos de cozinha esfarrapados e até um datado calendário chinês impresso em tabuinhas.
Um vasilhame de plástico meio partido ainda retém alguma água turva. Outro, o da comida está vazio para o glutão de aspecto tratado.
No topo dos choupos, as rolas e outras pequenas aves cantarolando uma cacofonia neste fim de tarde de outono, e ele dorme placidamente no trono, protegido debaixo da copa frondosa duma azinheira.
Dorme entreabrindo as gelosias da alma, espreitando se o que vem lá é perigo, ou se o que vem lá é amigo.
Aproximo-me lentamente, e pelo que lhes é habitual quando são bravios, seria fugir, mas este manhoso por festas, mantém-se sereno, espreguiça-se, boceja e mostra a barriguinha branca, alva de pelo fofo. Enternece-se com festinhas feito oferecido.
faço o registo fotográfico e afasto-me para tomar o caminho de volta - um miado rouco apela a mais uns carinhos...
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Comentários
Kandandos, uma boa semana.
Apeteceu-me fazer festas ao seu texto e ao gatinho, naturalmente. Que fofura!
As fotos estão muito bem tiradas. Abraços e boa semana.
Feliz por ter apreciado e pelo seu comentário bonito.
Kandandos!