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A mostrar as mensagens que correspondem à pesquisa de chuva

Terra molhada

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. chuva fina, orvalhada em cada folha pingando suave carinho realçando contrastes. cheiro de terra molhada refrescando o meu caminho, são os perfumes da natureza que inebriam os sentidos e sublimam o momento, libertando aromas e humores. em cada gota um cristal de vida sedenta, que lava a alma e amacia o coração, envolvendo-me na mais doce dança de viver. assim, em cada gota, em cada poro impregnado, sinto que mesmo em dias cinzentos no meu caminhar, descubro a alegria desta festa permanente exaltando a vida nas minhas azinhagas de ninguém e que a vida oferece a quem nela mergulha, um pote de esperança em plantio constante, onde é possível colher molhos coloridos de boas surpresas. . a chuva fina e orvalhada cai em gotas leves e suaves realçando o brilho das cores e trazendo vida aos lugares o cheiro da terra molhada liberta aromas e humores que exalam a natureza com seus mais belos odores é um momento de renovação que a chuva traz consigo deixa a alma mais tranquila e enche o coraç

entrementes (erva doce)

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autor: Guma   Acrílico sobre tela canvas 100 x 70 cm - indisponível . " entrementes " ( erva.doce ) . diz*se dele, que nada dele se sabia. de onde veio, como se chamava e ainda aconteceu de lhe darem um nome, melhor, vários!!! não tinha idade, ou tinha muitas, todas as que cada um imaginava. e estando permanentemente na dele, envolvido, o alcunharam de "entrementes". ficava por norma um pouco distante dos restantes retalhando o que ouvia a partir do que pescava* - solto das conversas de quem se sentava à sombra da soberba mangueira do terreiro, que pintava do vermelho pó, os pés descalços de quem a vida pisava, porque pisar a vida no seu paço, ainda era um sonho, naquelas bandas. o puzzle batia certo para ele mesmo, mesmo sem sem o encaixar das peças e assim lhe passavam os dias, cada um como uma reza...  a certa altura, num dia de canícula insuportável, sentei-me perto da eira junto ao terreiro, e fui-me ressentando aos poucos para mais perto dele e ouvir o que diz

Casa Gira I

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  Casa Gira I . tem um ninho, pequenino e agora eu sei-o percorri mundo de trem venci rios para lá chegar mas encontrei-o nele cabem muitas patas pelo brilhando olhares e miados latidos de amor beijos e abraços fartos aromas de gente boa tem no ninho, quem tece lãs de afectos e que bem ficam um prato de ternuras e bom vinho e é lá que aqueço a alma me enrosco nos dias frios e me aninho eu sei dum ninho, pequenino que da chuva e do frio me protege nesse ninho, pequenino o amor, muito amor... acontece . autor  📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

" a casa da cor do sol "

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 . com chuva ou sol, desbravavam mato, naqueles carreiros de terra batida e meio arenosa que num passado distante terão sido leito de rio, seguiam felizes, como já nem se usava, colhiam uvas de videiras bravas, figos mel para adoçarem o paladar e maravilhavam-se com exuberância da natureza, com a floração colorida que convidava ao bailado das borboletas. o caminho levou-os ao monte mais alto que vislumbraram, onde sobressaía um pobre casebre abandonado e sem palavras anuíram, podia ser um bom lugar para meditar sobre a longa caminhada que até ali os trouxe. sentaram-se numa laje e de lá inspiraram tudo o que conseguiram do que sobrava de bom, uma vez, e outra mais, antes de se entregarem ao descuido. excêntricos cúmulos de nuvens que a brisa desenhava em formas criativas levaram-nos em divagações, depois... para lá delas colheram-se de pressentimentos que profetizavam sonhos desiguais, que antes não se aperceberam. dizia-se por lá:  ahhh "o amor livre" era o culpado, não era

"Gota a Gota"

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  . Fez-se brisa cálida e seguiu... acarinhou a terra húmida, energizou sementes, chilreou com os pássaros, acarinhou as plantas e inspirou o perfume das flores, descansou na copa da árvore mais alta e por fim levou sua aura a beijar a lua, na volta deixou escrito nas nuvens o mais lindo poema em forma de chuva... gota a gota absorvi! . Palavras e fotografia:  Guma  © 2009 /2022

" a última dança / epitáfio "

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as folhas desciam lentas outononando*se dançavam com a brisa o último bailado e já no chão, cumpriam sua derradeira pena espezinhadas sem remissão alheados à nudez das árvores ao céu cinzento, aos raios e trovões todos seguiam ao compasso da chuva como cumprindo um deus * Tiino  e curvados em suas vestes escuras prestavam-se ao exorcismo da procissão em fila organizada e cantante oravam como se para si pedissem perdão embora não fosse a sua hora só de pensar que um dia seria tornava tudo tão angustiante a via repleta de velas erguidas suportadas por mãos em negação previa de antemão, que nada os poderia parar uns o faziam porque sim, outros por desgosto mas mais eram os que cumpriam por obrigação e ele... tal como as folhas que outonavam,  e na última dança foram de encontro ao chão,  já não os ouvia na sua lenga lenga por salvação chegou a pensar que subiu mas nada se parecia com o céu lentamente desceram-no e a cada lance mais escuro outro e outro lhe sucedeu e veio-me à memór

"A vida me espera"

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. o sol demorou a despontar tal como eu e me perguntei para quê acordar cair na realidade dum dia cinzento onde tudo passa devagar, numa marcha sinuosa, lenta. equacionei: o calor já foi, acabou cedendo e meu anjo me cuida e me dá tinta. cores vivas, o corpo esquenta e o esqueleto se movimenta ganhando alma para que eu a sinta e a imaginação escorre num pincel me tomando conta e não parece, mas estou vivo e quem está vivo sempre aparece num raio de sol num pingo de chuva chorada numa nuvem escura por mim azulada. e aí o coração se alegra dá comigo numa risada, - a vida me espera... . Palavras e imagem: Guma  © 2009 / 2022

A festa do silêncio

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já não consigo fazer do ruído dos carros a passar, o ribombar das ondas do mar. a luz do tecto, é a da Lua que também se espelha na minha rua e os prédios são translucidas gaiolas, que não me inibem de tocar com o olhar o que para lá deles acontece. começo a perceber porque isso sucede... é a luz do outro lado que mo revela, quem se diz meu espelho, e eu quero crer. o cacimbo que pinga das nuvens saturadas de mim, se presta, ao entrelaçar de cordas para meu balouço. deixo-me balouçar na última das brincadeiras, outros virão daqui tomar o balanço a seu tempo. na verdade, já lá estava havia muito, muito tempo treinando o balanço que me levaria a subir tão alto, na dança da chuva. a que lava as almas antes de ganharem asas que ninguém vê. estou sem espaço neste fato que não foi feito à medida. tudo é tão breve que não cabemos no pensar. ouço o tocar dos sinos que não parecem verdadeiros, e aquela cruz iluminada fluorescente, que só acende, porque me rouba alimento à já minha desgastada en

"Paragem do Machimbombo"

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Republicação de conto escrito para este blogue no ano 2011 "Paragem do Machimbombo" Ele fez tudo direitinho, como nem nos outros dias, porque não havia dia nenhum igual na parecença que eles têm. Tomou o banho querendo acordar a oportunidade de se lavar de pensamentos que há muito o acompanhavam. Os pingos do chuveiro em sua cabeça, eram mais ruidosos do que os pensamentos e assim os tentava anular, ali se deixando permanecer... - Em vão! Era como lavar nódoas negras na alma, quanto muito refrescava a sua solidão. O café coado ainda agora, deixava no ar o cheiro de que se fica saudoso, porque é viciante ao antecipar os reflexos conhecidos da sua ingestão. Inspirou as ondas desse perfume que o transportava no tempo, até à loja do Capomba, lá em São Filipe de Benguela. O aroma tinha o feito de no começo da rua, ser como uma seta indicadora do local onde se vendia aquele ouro preto de misturas ricas, com origem na Gabela. Entre pensamentos, saboreou gole a gole seu

A vida dos *comuns*

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  "mais um dia de sol e sem a chuva tão necessária" . aqui é onde tomo assento por um tempo, passa a ser de onde sou. me preocupo em deixar a minha pegada saudável por onde passo, não comer todos os frutos, que para outros viajantes de asas ou não, saborearem a delícia que são os frutos na recordação de sua passagem. quando degusto frutos tão apetecidos meu organismo não processa as sementes, essas deixo para trás e delas novas plantas e árvores de fruto emergirão da terra, arborizando, colorindo e dando frutos para alimento das gentes e dos meus iguais, melhorando o ar que todos respiram. hoje cantei enquanto posava para a fotografia, mas não acabei de a cantar, um ser peludo e seu tutor, dois muito curiosos quiseram me ver de perto, e eu, pelo sim pelo não, levantei voo para paradeiro incerto. ainda não terminei as tarefas que aqui me trouxeram. restam umas quantas semanas para alimentar a minha trupe que ainda não aprendeu a voar e  juntos iremos animar outras gentes outro

" Casa Gira I "

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  " Casa Gira I " . tem um ninho, pequenino e agora eu sei-o percorri mundo de trem venci rios para lá chegar mas encontrei-o nele cabem muitas patas pelo brilhando olhares e miados latidos de amor beijos e abraços fartos aromas de gente boa tem no ninho, quem tece lãs de afectos e que bem ficam um prato de ternuras e bom vinho e é lá que aqueço a alma me enrosco nos dias frios e me aninho eu sei dum ninho, pequenino que da chuva e do frio me protege nesse ninho, pequenino o amor, muito amor... acontece .   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

Permite-te

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  . se for brisa permite que leve os dissabores se for tempestade irá passar nada veio para sempre ficar se for chuva que seja copiosa dê vida às raízes, verde à folhagem enquanto desabrocham flores o que for será e alivie tuas dores te rodeie de amores meu encanto se for para sorrir, deixa entrar dá-lhe condições para permanecer enquanto livremente fica por querer se for para abalar, não segures, liberta pois pela certa só fica o que se merecer se for vida, aí permite-te e inspira . autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023     

"Eu e a vizinha simpática"

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.  -Bom dia vizinha, como está?    (nunca me lembro do nome, deve-se a ela ser tão simpática) .. -Bom dia como quem diz    (com cara de poucos amigos)    só se for para si... ... -Bem, o que eu queria dizer era que lhe corresse bem o dia, percebe? .... -Como é que me vai correr bem o dia com esta chuva e tanta humidade que até entranha nos ossos. ..... -Ah, a vizinha tem problemas nos ossos? ...... -Não, eu não tenho problemas nos ossos, desde que não haja humidade e não tenha de deparar logo pela manhã com  pessoas que me chamam de vizinha - Eu tenho nome. ....... -Tem toda a razão "VIZINHA"   (rsrsrsss) ......... ...e lá fui eu sorridente e bem disposto tomar um cafezinho com o meu Pessoa... . # Guma_Dum  © 2022