Perguntei

 


perguntei à noite
se poderia ser suave
como um sonho a preto e branco
e gradientes de cinzento
não me respondeu
pedi à neblina que levantasse
libertando a crueza das cores
e nada sucedeu
perguntei de novo
mas a quem sabe
pensando perguntar bem
onde mora agora o pranto das flores que colhi
a fé cega no caminho que escolhi
e o que era feito do sono puro de arminho
ao que um sábio respondeu
o sábio aqui sou eu e é no soletrar da oração
e pelas contas dum rosário de espinhos, que o sei
mas caso te contasse o que sucedeu
sábio serias tu e não eu
fica então sabendo
que a cruz que agora carregas
em tempos carreguei-a eu
.
autor 📝📸 : Guma © 2009 / 2023
.
Tela: "O Insustentável Peso de Ser"
Acrílico sobre tela
30 x 22
Autor: Guma
Não disponível

Comentários

São disse…
Gostei muito, muito !

Abraço com amizade e que tudo esteja a correr bem contigo e família , meu amigo
Guma disse…
Muito obrigado amiga querida.
Feliz por gostares e espero tenhas aqui passado um momento bom.
Desejo-te a continuação de um bom fim de semana e um primeiro de Maio feliz.
Kandando e beijinho amiga São.
Cada um com a sua, alguns com cruzes bastante pezadas. Gostei do poema.
Um abraço.
Guma disse…
b.n.n.
Sim e por vezes as carregam convencidos dessa obrigação, embora só cada um sabe das razões.
Um kandand!

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