Serra da Leba

. desde garoto explicaram-me muitas coisas. umas aprendi facilmente, outras com alguma dificuldade aceitei. algumas outras, deixaram-me imensas dúvidas, assim como teve coisas e ainda tem, que só porque não há explicação queriam que aceitasse assim como são... - só que não! . 📝 Guma   © 2209 / 2023

.  serei rio enquanto fores nascente sigo por sinuosas margens levando o sonho até à foz meu destino é um eterno recomeço .     autor 📝📸 : Guma © 2009 / 2023

. símbolo da vida e da perpétua evolução, sempre em ascensão vertical. as árvores morrem de pé quando não há intervenção humana. sinta os benefícios reais para a sua saúde física e mental ao abraçar uma árvore. . autor 📝 :  Guma  © 2009 / 2023 . por mais fluído que venha sendo o trilho, recentrar é indispensável... pare, é o seu momento (a dois), o encontro consigo mesmo. com aquele eu, por vezes cruel amigo e sem lisonja. o lugar onde as palavras, pelo que são, assim sabem, os pensamentos que se não escrevem, o eu derramado sem filtro e sem abrigo, puro duro, sensível e verdadeiro, o eu que mais ninguém conhece, que ora fere, ora suave amacia a alma. e revendo seu dia, a sós, procure a sombra apetecida, já que todos temos (só para nós) uma árvore da vida. uns têm-na de folha caduca, outros tem-na de folha persistente, pelo que de forma diferente e única, cada um cumpra seu caminho e lhe seja sempre presente, que as árvores com dignidade vivem e morrem, acaso ou por destino, riem e ch

.   na perspectiva filosófica e questionando a existência de um começo absoluto para todas as coisas, e  de acordo com a visão de que todas as coisas são parte de um fluxo constante de mudança e transformação, significaria que não há um ponto de partida definido para elas. em outras palavras, antes mesmo de algo começar, já fazia parte de uma trajetória ou processo maior ou menor, mas que vem desde antes da sua própria existência e na redundância disso mesmo. . " elementos "   acrílico sobre canvas 50 x 50 autor Guma © 2013 . 📝 Guma   © 2023

Tela Guma : Tinta acrílica sobre madeira (não disponível / adoptado) Era um momento incerto, uma hora vazia de significado ou propósito. Talvez fosse aquele intervalo entre o fim de uma tarefa e o início de outra, ou um instante de indecisão onde nada parecia certo ou errado. Não havia claridade nem escuridão, apenas um ambiente em suspenso, aguardando a manifestação de algo novo. Nesse momento, tudo podia acontecer, mas nada ainda se tinha concretizado. Era uma espécie de limbo temporal, onde o presente flutuava sem destino, até que algo o movesse em direção a um futuro definido. . autor do 📝 e Tela : Guma © 2023

  não era noite nem era dia que sei eu dum manto de nuvens pairando que aos olhos enganam como se fosse algodão? este lago que foi vazio de espaços apertando-me entre margens como abraços, se escondeu quem sabe, desapareceu... bebeu-se num desejo duvidoso e fugaz talvez por não ser noite, nem dia talvez saiba o que eu não sei talvez nem uma coisa, nem outra sobra-me observar deste ermo como quem antes o via serenamente esperar que se resolva pela noite ou pelo dia quem sabe, um meio termo autor 📝📸 :  Guma  © 2023 .

. t u  . a r o m a .  pressinto-te em qualquer  apeadeiro ou estação .  inalo-te até à exaustão . autor 📝📸 : Guma © 2023

...e quando fechei os olhos,  pude ouvir-lhe a beleza!    autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

. deixei a janela entreaberta a porta apenas encostada o diário está em cima da mesa aberto numa página em branco onde tudo ficou por escrever . no sofá, deixei a coberta que serviu para nos aquecer desvaneceu-se o azul marinho com teu nome, que um dia tingi . sobre a mesa abandonei um poema que pela certa dirás que o fingi que não lhe emprestei métrica terá sido escrito até de uma forma patética mas tu sabes porquê da rima não ser o que era e com ela saiu de cena a cadência aliás, como tudo o mais que valia a pena até mesmo a inocência dos gestos . mesmo ao lado do diário pousei a pena que de aparo me serviu ficou  romba, desgastada ferida de morte  que tal como eu, saiu de cena sentimento de desnorte d'alma perdida e mal amada . - por isso fui precisei de me abandonar à sorte . caminhei ao deus dará atravessei o bosque mágico encontrei pelo caminho o belo e o trágico e por fim um abrigo a porta apenas encostada uma janela entreaberta um diário em cima da mesa aberto numa página e

  . a vida, são dias em voo periclitante vai e vem muito ocupada beija aqui, beija ali uma e outra flor como se a vida fugidia mais fosse do que uma brisa passageira um instante haverá um tempo o bastante de vida em movimento já foi ovo taturana pupa crisálida e agora é Imago o belo e o trágico beija o estigma da flor cálice de pólen mágico e segue alando seu espírito livre... renovador   . autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023  

  ...no melhor aço  cai a lágrima almejando regaço... .   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

  a terra fértil recebe as raízes que se entrelaçam, caules frondosos emergem pétalas de lábios se abrem brotam em aroma primaveril, androceu e gineceu trocam segredos, o pólen liberta-se, é a essência, o gesto da subtil delicadeza surte o desejo irrequieto, suavidade e firmeza que se juntam em dueto, é o cálice, é a sede... e o que morre e renasce deles   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023   autor: G uma © 2009 / 2023

 

Steve tinha um gato, ou pensava que sim para com ele. mas gato não é de ninguém enquanto o mundo for todo dele . "Steve's urban cat" . "as expressões de um gato de rua" por: Guma     autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023  

tinha um telhado por paredes suportado um tecto rebocado uma porta vermelha em entalhe de cerejeira uma cozinha chaminé que era uma bela lareira o fogo e a panela de ferro com água vinda do poço e tudo parecia tão certo como a noite e o dia agora, o quintal é um deserto onde antes tudo florescia o poço secou as paredes já sem reboco e do telhado resta um pouco o tecto desabou em parte restam escombros da chaminé a porta caída que não apodreceu e eu, janela, aqui estou sentida relembrando o que já não é não era para ser, finou!   . autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

Imagem :  Guma  © 2023 ...... - naquela casa* tocavam-se porque fazia sentido gerar afectos e cumplicidade. - naquela casa* beijavam-se porque amar e mimar nunca foi demais. - naquela casa* abraçavam-se peito no peito apertadinho até o pulsar do coração preencher a alma de sentimento bom. - naquela casa* trabalhavam a tolerância e o respeito pelas diferenças, salvaguardando o espaço e a essência de cada um. - naquela casa* acreditavam que o amor e o carinho curam as feridas. - naquela casa* tinham consciência de que quem veio ao mundo já era um vencedor à partida, por isso merecia ser tratado com o respeito pela individualidade. - naquela casa* enraizavam a amizade, o saber escutar, a admiração e estima pela doação do outro e a entreajuda, como pedras basilares da boa convivência. - naquela casa* cada um à sua maneira, dava sempre algo de novo para contri

  (Lac Leman) . parecia um rio sem riso,  sem voz, sem esteio ainda assim, abraçava e abrigava sabia chacoalhar a preceito beijando margens vinha cumprindo um destino, sem o saber ... ele parecia, mas não era e quando conseguiu entender viu-se lago, espelhando tudo menos a obrigação de se diluir na foz . o lago sorriu, ganhou voz com a frescura da brisa e fez-se esteio de si mesmo   .   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

  - Lac Leman - . ...o olhar já não é o mesmo - ouviu-se uma voz fazendo eco no túnel que desembocava no paredão do lago. - tende a encontrar refúgio, onde a alma descansa mas não se demora, argumentou enfaticamente outra voz de quem não se vê.. - hummm, talvez sim, mas não tenho tanta certeza - ouviu-se em resposta - penso que um dia, vai e por lá fica, num derradeiro esforço que justifica já não conseguir mudar nada, por nada haver a mudar, deixando-se ao sabor dum pensamento em branco a diluir-se noutro azul, acho que está ficando tudo muito claro. - também acho que sim - é que um dia disseram não ser mar, nem rio, nem céu, apenas o que se pensa ver, mas não é. apenas se soube que se sente morno, confortável, mágico - ... - só alcançável a nível da consciência, quando através dum olhar ingénuo... .   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

- Tudo o resto não são flores e isso é de extrema importância!   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

  sentou a solidão e ela quis escapar-lhe respirou profundamente impregnou-se e levou-a à exaustão embriagou o presente e o momento seguinte ausentou-se descontente ergueu-se e com ele o lamento viu-se a caminhar nos mesmos passos que os passos seculares pisaram não descortinou caminhos novos por percorrer restava-lhe apenas a atitude arranjar novas formas de o fazer trocar a solidão por uma tácita solitude   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023