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os sonhos são...

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  . Os sonhos são como a primavera... esperamos por ela, sabendo o que acabará por florir mas também o que não medra! . autor 📸📝 :  Guma  © 2009 / 2023

" senta-te junto a mim, se entenderes que sim "

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  . . - há perfumadas lembranças das lembranças que se recriam a si mesmas, são um misto de estórias vividas, outras sonhadas, que vão alumiando o caminho. . as espirais duma doce memória, sustentam os ideais, dão razões para continuar, mas fazem-me divagar no que faz mudar o texto em tantas linhas já escritas do prefácio duma estória e claro que entendo o que quer dizer, "não depender apenas de nós". . a vida ensina o quanto não é linear, muito menos a gosto de cada um. moderadamente ajusto-me, mas nunca perdendo o foco. . há um tempo sem tempo, se refreando, ora soltando, . um rio fluindo querendo chegar à foz, contrariando o espaço fazendo-se transbordar. sem saída, regará para além das margens dando vida à vida em espera. . leito, e margens desse abraço, ganhando mais espaço para aconchegar. . espelhamos a luz das estrelas iluminando nossa galáxia de amor e tolerância, reacenderei quantas fogueiras forem necessárias... as que aquecem e confortam o coração. - das cinzas, 

entrementes (erva doce)

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autor: Guma   Acrílico sobre tela canvas 100 x 70 cm - indisponível . " entrementes " ( erva.doce ) . diz*se dele, que nada dele se sabia. de onde veio, como se chamava e ainda aconteceu de lhe darem um nome, melhor, vários!!! não tinha idade, ou tinha muitas, todas as que cada um imaginava. e estando permanentemente na dele, envolvido, o alcunharam de "entrementes". ficava por norma um pouco distante dos restantes retalhando o que ouvia a partir do que pescava* - solto das conversas de quem se sentava à sombra da soberba mangueira do terreiro, que pintava do vermelho pó, os pés descalços de quem a vida pisava, porque pisar a vida no seu paço, ainda era um sonho, naquelas bandas. o puzzle batia certo para ele mesmo, mesmo sem sem o encaixar das peças e assim lhe passavam os dias, cada um como uma reza...  a certa altura, num dia de canícula insuportável, sentei-me perto da eira junto ao terreiro, e fui-me ressentando aos poucos para mais perto dele e ouvir o que diz

"Folhas, Bagas, Anjos e Duendes!

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  Talvez valha a pena clicar na foto e vê-la com pormenor . as folhas, as bagas e o calor húmido dum bosque encantado... os anjos e os duendes... . estava ali como querendo insistir no que já nem fazia sentido, desprendeu-se e deixou-se cair com sede de abismos, subalimentada de aventura, rodopiou num bailado único e encantador, achou-se a folha mais linda que o bosque já alguma vez viu dançar. . outros eram os galhos que ainda exibiam por mais algum tempo, suas folhas em exuberância na fina e delicada beleza que a alguns encanta... . a festa estava no seu melhor e o verão não avisou, havia quem se convencesse que ele iria ficar para sempre. (a velha história da cigarra e da formiga, também foi inventada para ficar) . os seres do bosque a lapsos de tempo, enxergavam os anjos translúcidos, que o são por se alimentarem de bagas... . os anjos não sabem nem se importa com a cor das bagas que ingerem, contrariamente, os duendes sempre souberam que apesar de pouco importar a cor das bagas

Never ending story

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- conta . conta... " era uma vez uma estória sem fim... " tinha portas . trancas ferrolhos do tempo . que se abriram respirei fundo e a magia entrou com a brisa quente sei . me para lá dos contos e lendas mas . quedei . me . num rei . numa rainha belos príncipes e damas de honor também tinha botões em flor exasperando por abrir num movimento vagaroso era uma estória sem fim . guardada na memória de preto. nua . se dissipava na noite confundindo . se de dia . com o branco e cinza da neblina . esperava por ser contada . mas... adormecida estava nas ameias do castelo coberta por um manto rubro e translúcido que a poeira não permitia vislumbrar . da torre de menagem a estória era vigiada pelos guardiões do tempo e da hora e do quando poderia ser ouvida a hora não se dava . e . assim a estória . que de dia para dia se encorpava jamais pôde ser contada. . autor  📸📝 :  Guma  © 2009 / 2023

As fragâncias da casa Gira

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  ."Fragrâncias" . jamais conhecerei bem e totalmente a casa Gira. a casa que me surpreende, ela muda por vontade própria, ela é infinitamente livre de se transformar para receber sempre desigual. sala a sala me é dada a uma nova visita algo diferente na evocação do ontem e na frescura do hoje, o aroma dos dois. percorro-as tateando na semiobscuridade e em tudo que toco, me lembra veludo, azul e quando respiro profundamente, deixo que o ar escape lentamente me deixando vazio para instalar o que vier a seguir. enquanto nestes despensamentos da divagação, ouço as duas meias portas centenárias, verdes e vidradas, rangeram musicalmente. desci curioso, e vejo-as fecharem-se primeiro nos dois trincos, de seguida as fechaduras rodaram os canhões, trancando firme mas sem chaves, olhei para me certificar de que não estava a inventar e as vi voltarem à posição inicial, quem sabe porque era assim que as queria e porta não pode ter vontade própria - mas olha que tem, naquela casa Gira,

um mundo dentro mundo, quantos mundos tem !/?

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  eu vi uma flor campestre entre tantas mais... um mundo dentro mundo, quantos mundos tem !/? como pisando nuvens me fiz ao caminho, de meu era o chilrear dos pássaros e o som da cadência dos passos sobre o restolho  ao redor do velho sobreiro, uma popa colhia galhos para o ninho. parei para não importunar e ela entretanto catou o que conseguia para voar de bico cheio e orgulhosa de seu empenho. a amadurecer e avermelhar, os ainda alaranjados figos da índia, coloriam a orla da azinhaga tantas vezes por mim batida com meu cãopanheiro. "speedy" rememorei o galope descontrolado de meu amigo tricolor quando ainda rapazote, tudo o que mexia era para ser caçado na sua imaginação fértil, mas, correspondendo ao chamado, regressava sem capturas mas inteiramente convencido das suas aptidões. bem tentei dizer-lhe, que apesar de nos genes ter a perícia de caçador, acima de tudo era um mestre de companhia e candura, uma eterna criança brincalhona me ensinando a sê-lo também, reavivando-me

dispensáveis ao planeta

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cansada de seu peso, pesar-lhe a lua se fora de tão curvada, na sombra que onde se projectara pareceu-me ir mais leve e solta assim como se pudesse pegar-lhe, foi mas prometeu-me um sol por nascer uma luz que se pega sabendo abraçar, pensei em não pensar e pensei vazio sem cor, sem brilho, sem som, apenas sem, apenas e só, a sós, depois veio outra lua, amargurada depois do depois, outro sol e uma nuvem envergonhada e entre uma e o outro, muitas chegaram tantas foram, que nem pesadelo nem sonho havia nem luz nem sombra nem medo do que parecia . a terra acha a humanidade dispensável, visto que ao darmos cabo de nós, e de tudo quanto estiver ao nosso alcance, o planeta Terra sobreviverá e passará a outro nível, tal como em outros ciclos que já foram cumpridos. Guma 2019 > 2023 - Se puder ser, que seja um bom fim de semana!   . autor  📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

Minha azinhaga de ninguém

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  . Azinhaga (do árabe الزنقة, al-zanaqa) . por aí vou, ao encontro das vestes de capim, coroas de flores silvestres, refrescando-me no cacimbo matinal... aqui o calor já aperta. . assim, me resto... borboletas que ensinam passos de dança arrojados, a música é suave, maviosa, vem dos bicos minúsculos dos pássaros eco de papos emproados. as gralhas de jeitos engraçados, embora estridentes, fazem por acompanhar o compasso. ao longe, em cima daquela coisa que destoa e dizem dá luz eléctrica, um corvo clama pelo par, mas dá-lhe espaço e tempo para voar. depois de vistoriado o campo, é certo que ela vai voltar. . fecho agora as gelosias da alma, respiro esta miscelânea, dou um passo, depois outro, piso devagar este chão, deixo de novo a luz entrar e olho ao redor, deixo-me absorver pelo que me envolve e por um pedaço, sinto... apenas sinto, porque melhor descrevê-lo não sei, se alguém o sabe que o faça, é bem vindo. . por aí vou, e se me perder, fácil será me encontrar, vou ao encontro de

idealização

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  . não desviei meu olhar nem por um momento esperava a luz que não prometeste a orientar-me na escuridão mas nada aconteceu assim escolheste então fiz-me a esse breu sem receio só queria perceber por onde ir mas não deixaste uma porta aberta um rasto de tua essência à passagem e sem um sinal que me oriente fico pela idealização que me tenta e d'alma deserta assim estou como terra que se não regou e matou de sede a semente . autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

os mistérios

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. desde garoto explicaram-me muitas coisas. umas aprendi facilmente, outras com alguma dificuldade aceitei. algumas outras, deixaram-me imensas dúvidas, assim como teve coisas e ainda tem, que só porque não há explicação queriam que aceitasse assim como são... - só que não! . 📝 Guma   © 2209 / 2023

o antes do antes

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.   na perspectiva filosófica e questionando a existência de um começo absoluto para todas as coisas, e  de acordo com a visão de que todas as coisas são parte de um fluxo constante de mudança e transformação, significaria que não há um ponto de partida definido para elas. em outras palavras, antes mesmo de algo começar, já fazia parte de uma trajetória ou processo maior ou menor, mas que vem desde antes da sua própria existência e na redundância disso mesmo. . " elementos "   acrílico sobre canvas 50 x 50 autor Guma © 2013 . 📝 Guma   © 2023

uma hora, um dia, uma eternidade

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Tela Guma : Tinta acrílica sobre madeira (não disponível / adoptado) Era um momento incerto, uma hora vazia de significado ou propósito. Talvez fosse aquele intervalo entre o fim de uma tarefa e o início de outra, ou um instante de indecisão onde nada parecia certo ou errado. Não havia claridade nem escuridão, apenas um ambiente em suspenso, aguardando a manifestação de algo novo. Nesse momento, tudo podia acontecer, mas nada ainda se tinha concretizado. Era uma espécie de limbo temporal, onde o presente flutuava sem destino, até que algo o movesse em direção a um futuro definido. . autor do 📝 e Tela : Guma © 2023

" trágico miado "

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. havia um homem que o povo dizia, não ter juízo. ele morava aqui na vila, umas casas abaixo da minha. era o sujeito mais pacífico cá da terra, tal como pude observar ao longo dos anos, e não só pacífico, como educado, cumprimentava todos com quem se cruzava, miúdos ou graúdos, embora veladamente, mas fazia-o até com deferência, outros que o olhavam com desdém  nem sempre tinham a mesma educação, e isso nota-se numa vila pequena, em que quase todos se conhecem pelo menos de vista. - percebi que já não se pode andar solitário e nos caminhos do falar sozinho, sem ser apelidado de louco. eu, não conhecendo sua graça, chamava-o de "o poeta" - sim - porque ele declamava a tempo inteiro,  caminhando  cabisbaixo e olhando as pedras polidas da calçada, só levantando a cabeça para cumprimentar quem se cruzava com ele. _______________________ umas noites atrás - por volta da uma da manhã, em frente à minha morada, ouvi aquilo que acreditei ser um grupo de pessoas travando conversa. pas

O lado escuro da Lua

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  ‘"A pessoa não se torna iluminada por imaginar figuras de luz, mas por trazer a escuridão para a consciência.’" – Carl Jung ........................... - Amor e Luz - Sou Amor e Luz - Receba de mim amor e Luz - Você é Amor e Luz - Hummm! Será que se é somente essa lindeza toda, e o Lado Escuro da Lua, não tem? ------------------------ é amor e luz e uma carrada de merdas que são sombra, escuridão, o lado escuro da Lua de cada um, e nem por isso se é menos boa gente. se tudo fosse luz, amor aos potes, estaríamos completos que nem divindades. eu acho que isso não é humanamente possível. bom mesmo, é assumir as arestas que ferem, lamber as feridas e amortecer os murros no estômago, esclarecer a leitura do balanço entre querermos ser melhores pessoas e fazermos por isso, e sobretudo entender que por mais que diminuamos o peso do lado escuro, ele estará sempre lá para recordar o muito trabalho a fazer. quem não se aceita na sua imperfeição, como inicia um processo de mel

" Se és rio, transborda "

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  autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023 . if you are heaven, don't forget to bring the moon with you . if you are earth, take care that my lilies bloom with your magic . if you are a river, slowly walk my bed overflows banks, let's be fertile in a time of creation .   autor 📝📸 :  Guma  © 2009 / 2023

" a casa da cor do sol "

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 . com chuva ou sol, desbravavam mato, naqueles carreiros de terra batida e meio arenosa que num passado distante terão sido leito de rio, seguiam felizes, como já nem se usava, colhiam uvas de videiras bravas, figos mel para adoçarem o paladar e maravilhavam-se com exuberância da natureza, com a floração colorida que convidava ao bailado das borboletas. o caminho levou-os ao monte mais alto que vislumbraram, onde sobressaía um pobre casebre abandonado e sem palavras anuíram, podia ser um bom lugar para meditar sobre a longa caminhada que até ali os trouxe. sentaram-se numa laje e de lá inspiraram tudo o que conseguiram do que sobrava de bom, uma vez, e outra mais, antes de se entregarem ao descuido. excêntricos cúmulos de nuvens que a brisa desenhava em formas criativas levaram-nos em divagações, depois... para lá delas colheram-se de pressentimentos que profetizavam sonhos desiguais, que antes não se aperceberam. dizia-se por lá:  ahhh "o amor livre" era o culpado, não era